Wednesday, February 28, 2007

Desenhando tudo e todos

Desenhar é saber ver. Caricaturar é saber ver as coisas além da estética, com muita ironia e bom humor.














Gente da minha turma de Licenciatura em Ciências Biológicas da UERJ (1982-1986).


Um ídolo: Roberto Rivelino. Fiz este desenho pouco antes da Copa da Argentina. Fiquei triste quando Rivelino não pôde atuar nos gramados "de los hermanos" por causa de problemas médicos. A história teria sido bem diferente com ele em campo.





Eu adorava (e ainda adoro) mitologia greco-romana. Era uma fonte de inspiração insegotável para os meus desenhos. Meu pai colecionava pra mim, via banca de jornal, os fascículos de "Mitologia" da Abril Cultural, nos idos da década de 1970. Foi pro causa disso que me interessei por História Comparada das Religiões, o que me motivou a ter uma postura agnóstica atual. Neste desenho mostro uma discussão entre duas divindades, Zeus (Júpiter) e Hera (Juno).

Alguns elementos da minha turma de UERJ, de novo.









Minha visão da deusa Nut
















Este é provavelmente o desenho que mais gosto. Foi feito no início da década de 1970 com base num cachorro da minha tia chamado pequim.

Monday, February 26, 2007

Como via o meu mundinho?




Esta é a imagem que sempre tive de Yemanjá. Uma bela e gostosona negra, grávida, com seios generosos, e tererê na cabeça. Eu abominava a imagem de uma mulher branca de longos cabelos negros ou de uma santa católica qualquer. Yemanjá é uma divindade negra e deve ser vista e admirada como tal. Ela, pra mim, teria a beleza de Afrodite, daí a imensa concha na qual se apoia neste desenho, e a força de Netuno. As mãos mostram o caminho da entrada e da saída de energia solar nos oceanos. O sol a fecunda todos os dias. E isto faz com que a deusa gere contínua e eternamente a vida nos mares.








Se alguém me perguntasse, o que mais me atrai numa mulher, sem qualquer dúvida ou hipocrisia, responderia: tudo aquilo que não existe num homem. Na minha infância e adolescência eu tinha verdadeira fascinação pelo corpo feminino. Isto alimentava toda a ilusão erótica dos meus sonhos e a produção de desenhos. Já, o padrão de beleza que mais me chamava a atenção é o deste desenho. Esta seria a mulher ideal pra mim. Devia ter 13 anos quando a fiz. Bem, acho que tive um canal ginecóforo ou fui parasita de genitália feminina em outras vidas*rs.





Sempre me intrigou a vida telúrica daquelas mulheres que "trabalhavam" na noite do centro da cidade. Tive contato com muitas delas na infância e adolescência apesar de não ter tido qualquer iniciação sexual com elas . Ficava imaginando como seriam aquelas coisinhas gostosas que elas faziam*rs. Daí me veio esta imagem, aos 15 anos. Dá pra perceber que a digníssima estava mais para uma mulher do pintor Rubens do que para as anoréxicas modelos atuais.



















Este desenho foi feito com base na minha primeira musa inspiradora, Karla Carneiro Mendonça, da minha turma dos velhos tempos de ginásio do Colégio Pedro II.




















Esta é a imagem que eu tinha de uma entidade fantástica da umbanda chamada "pomba-gira cigana" com quem sonhava ter a primeira transa na adolescência. Eu sempre achei o "pantheon" afro-brasileiro riquíssimo em simbolismo e lamentei muito que, aos poucos, esses cultos foram perdendo força no Rio, no final dos anos oitenta. Era o nosso "paganismo tropical".



















Quem me conheceu na adolescência, viu que eu era muito magrinho e usava óculos "fundo de garrafa*rs. Era daquele tipo "nerd" que as meninas não dão a mínima atenção. E eu sofria muito com isto. Só me restava desenhar, estudar e imaginar muito*rs. Sempre pensei: a grande maioria das pessoas se guia, a priori, por aparências idealizadas e secundariamente por outras virtudes (muito mais importantes e duradoras). Se não fosse assim, no Romance de Victor Hugo, Esmeralda teria escolhido ficar com o Quasimodo e não com o Capitão da Guarda Real*rs. Bem, de "complexo de Savannah" eu sei que não morrerei. Mas, o desenho acima mostra como eu me via numa idealização masculina (centauro Nesso) diante da imagem feminina que desejava como par, mas que sabia ser praticamente impossível de obter naquela época. Resumindo: ares platônicos.


Meus primeiros desenhos (Escola Campos Salles, 1969)




















Consegui dar uma forma definida ao Pepe-Legal, isto em 1969!
















De todos os desenhos, conta a minha mãe que este é o mais antigo. Trata-se de um carro de bombeiro e um bombeiro apagando fogo com um extintor de incêndio.















Um dos meus primeiros desenhos com motivos zoológicos. Uma visão do fundo do mar.








Caricaturando o mundo (parte 1)


Mestre Cartola, início da década de 1980.


Uma colega de turma no Curso de Ciências Biológicas da UERJ (1982-86): Lúcia Batalha.


Gente da minha turma de Licenciatura em Ciências Biológicas pela UERJ (Rita Montezuma, Adriana Lanziotti, Vera e Sonia), já nos tempos de formatura.


Meu primo de segundo grau (infelizmente, nunca o conheci pessoalmente), Zezé, natural da cidade de Recreio, MG, filho da Dona Nilza, e que jogou no Fluminense na década de 1980. Ele também chegou a vestir a camisa da seleção brasileira. Na ocasião, deu no jornal que ele, num FLA-FLU, teria pedido pra sair de campo devido aos nefastos efeitos da quantidade exagerada de ovos de Páscoa que comeu na véspera do clássico(sic!).



Super Time do Flamengo da década de 1980. De pé: Toninho, Rondinelli, Junior, Cantarelle, Dequinha. Agachado: Reinaldo, P.C. Carpegiani, Cláudio Adão, Zico, Adílio, Júlio César.


Meu primeiro grande amigo, Mario Luiz Martins da Veiga, na década de 1970.


Pessoal que frequentava o Bar da Fatinha, em Santa Tereza, nos anos noventa.


Gilberto Gil, no final da década de 1970, logo que ele apareceu com trancinhas na cabeça